Carlos, Emma, Carla e María queriam uma casa luminosa. Assim, a residência é planejada levando em conta os seguintes aspectos:
Adaptação do volumen a ambas as empenas. A lei permitia três pavimentos, desde que a casa não supere a altura de suas vizinhas. Por isso, situamos o pavimento superior (permitindo que o sol entre na casa através de uma claraboia), e assim fixamos a altura do edifício se adaptando ao vizinho esquerdo, enquanto que a medianeira direita é uma continuação da fachada para responder à menor altura da habitação à direita.
Fuga visual. Ao se tratar de uma rua estreita com sua melhor perspectiva dirigida para as montanhas próximas, a casa se volta para sua luz interior e somente possui aberturas numa caixa de vidro orientada ao sudeste.
Luz. A residência, portanto, se volta para dentro e tira partido de um jogo solar profundo, de maneira que sua secção se organiza para permitir a iluminação natural. Mediante claraboias e pavimentos pavés o sol entra generosamente nas áreas comuns, e as janelas dispostas na fachada e nas varandas interiores contribuem com sua difusão.
Flexibilidad. Queríamos que a habitação pudesse ser adaptável: ao clima de santa Cruz (a sala de estar e a “cozinha-copa” estão unidas mediante o pátio central graças aos painéis de vidro, convertendo-se num espaço único durante a maior parte do ano); às diversas formas de habitar (o dormitório principal se abre integrando-se com a escada e seu vestíbulo de acordo com a vontade); às contingências familiares (a garagem também é uma área de jogos); às pessoas mais velhas ou às mudanças (a casa possui elevador); ao uso misto (uma biblioteca que acompanha um corredor, o mobiliário que se desenha ao efeito).
Vegetação. Desde a palmeira que está disposta na fachada ajudando a compor, até as paredes interiores dos pátios (que são forradas por uma malha que será preenchida por videiras), a vegetação contribui delicadamente à essência desta casa.